quinta-feira, 8 de maio de 2014

Clichê!! Por que tem que ser assim?

Vivemos numa Era de inversão total de valores!
Um clichê que deveria incomodar mais que se acomodar dentro de um ser...
Por que tem que ser assim?
Cotidianamente me ponho a refletir sobre minha prática pedagógica...
Sobre o papel da escola, do educador...
E dos cidadãos no desenvolvimento social.
O que desejamos para o futuro das gerações?
Percebo que os discursos revelam-se paradoxal ao que se planta
Sim! Vivemos numa Era de educação estética!
Um caminho socialmente perigoso, preocupante e que muito me entristece...
O que me motiva à trajetória educacional é a possibilidade de ajudar um ser a se tornar CIDADÃO.
Mais do que um juramento para obter um diploma, há um juramento de vida para com outra vida.
Uma responsabilidade ímpar, a qual não pode ser negligenciada!
Não cabe!
Percebo educadores sabotando conhecimentos que sustentam a prática,
e o pior, a própria prática que poderia impulsionar novos e enriquecedores saberes...
Nas paredes não pode haver trabalhos feios... Mas, o que é feio afinal?!
Pra mim, no contexto educacional,
feio é o belo produzido por quem tem habilidades e competências já desenvolvidas...
A este cabe apenas a organização dos espaços, atividades, sistematização dos aprendizados...
Mas na Era da educação estética e da inversão de valores
a aparência é o que desperta maior preocupação e dedicação dos que estão nos espaços educacionais.
Penso que a educação só poderá sofrer mudanças quando encararmos de frente a triste realidade que se esconde no interior desses espaços.
Estou longe, infinitamente longe de ser perfeita e a melhor educadora,
mas tenho princípios e ideais sólidos.
Acima de tudo, amo e me preocupo com a vida!
A educação pública forma a massa da sociedade.
Eu estudei em uma escola pública do subúrbio do RJ por muitos anos,
porém tive a oportunidade de desenvolver minhas habilidades reflexivas e competência de análise.
Infelizmente, nesta geração este fato não é uma regra, mas uma exceção...
Os educadores se esforçam, se doam ao extremo (muitos, pelo menos!).
Então, o que ocorre?
Novamente está em pauta na mídia a greve dos professores... Por quê?!
Hoje, enxergo uma espécie de comércio educacional
nas entrelinhas dos belos discursos pedagógicos
e, quem sabe, filosóficos.
Pensamentos, ideias, energias e materiais são desperdiçados em momentos pouco enriquecedores,
mas que compõem a imagem desejada.
Sorriso para alguns,
cansaço e sensação de vazio para muitos...
Faces que tentam disfarçar o desgaste físico e a frustração da perda de tempo...
Ahhh... Como isto me entristece!
Um tempo que poderia ser gasto no plantio pedagógico mais adequado e menos dispendioso.
Talvez a ação pudesse gerar resultados mais concretos e desejados,
qualitativa e quantitativamente,
evitando a apelação e a camuflagem vergonhosa em pról de uma imagem irreal.
A luta dos professores é maior do que se pode imaginar...