sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Carta ao Educador 11 e 12_Duas em uma

Rio de Janeiro, 31 de Julho de 2012.


Sonhos...


          Um substantivo de poucas letras. Palavra simples! Porém carregada de sentimentos e desejos. Percebemos um palpitar no coração, um brilho especial no olhar e um sincero sorriso na face! São eles que nos impulsionam à vida!!


          Assim inicio a carta de hoje... Não com uma saudação formal, mas com o registro de um substantivo dotado de motivações intrísecas e o desejo sincero de que os teus sonhos pessoais e profissionais sejam realizados.

          E por falar neste assunto, como estão os sonhos de teus alunos?

Lembre-se:
"Foi o tempo que investiste em tua rosa que fez tua rosa tão importante."
(O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-Exupéry)

         Ou seja, se desejamos uma humanidade mais viva e feliz é importante cuidar dos preciosos botões que nos fitam diariamente, trabalhar sua auto-estima e estimular a busca dos seus sonhos. Conhecer nossos alunos é essencial ao processo de aprendizagem!


           ... ... ...



Rio de Janeiro, 6 de Setembro de 2012



Amados, 


       Iniciei a carta anterior há pouco mais de um mês, mas não conclui e portanto não publiquei...
     
      As coisas mudaram em minha vida e já não trabalho mais como formadora de professores. Daqui a quatro dias assumirei uma turma de 4° ano e uma sala de leitura num CIEP situado na entrada de uma das comunidades mais perigosas do Rio de Janeiro. Um grande desafio profissional, emocional, psicológico e espiritual! Então, lendo a redação inicial da carta me questiono se sou capaz de colocar este conceito em prática. Desejo, do fundo do meu coração!

          Acredito que minhas cartas terão outro rumo a partir de agora.

         Desenvolver atividades docentes em sala de aula sempre foi um sonho meu... Lutei muito por isso e agora sinto um intenso frio na barriga, parece que uma nuvem branca invade meu ser... O que farei? Como serei? Como começar?

        Peço à Deus sabedoria, paz, amorosidade, discernimento, equilíbrio... Que Deus me abençoe para que realize alguma diferença na vida destas crianças, pais, professores e gestoras!

         Trabalhando com os projetos Telecurso fui muito feliz, cresci pessoal e profissionalmente. Tenho ciência que escrevi uma história bonita e realizei um bom trabalho. Mas, e agora? Este é o anseio que vivo no momento.

        Percebo então que a razão desta escrita não é orientar e/ou sugerir, mas compartilhar inquietações e com humildade, quem sabe pedir colo... rs.

          Torçam por mim!!!


Beijo carinhoso!
Carla Rodrigues.
A mais nova professora concursada do município RJ!!! rs


terça-feira, 31 de julho de 2012

Carta ao Educador 10 - Escrever? Pra quê?

Rio de Janeiro, 08 de Maio de 2012.

Olá!

              Um desafio foi lançado! É preciso escrever!!
          Segundo Hannah Arendt, "não se pode dizer como a vida é, como a sorte ou o destino trata as pessoas, a não ser contando a história". Falar de história é também falar de memória, única capaz de registrar os sentidos do nosso caminhar na vida, nossas reflexões e aprendizagens construídas.
            Em sala de aula ou em salas de formações continuadas de professores a prática do registro escrito de memórias, se não é, deveria ser uma importante ferramenta de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de alunos e educadores. Todavia, o que se observa em muitos desses espaços é um entrave na adequada compreensão do fazer.
            Tenho realizado leituras sobre esta temática. Segundo Prado e Soligo (2007) são muitas as questões que surgem, mas todas giram em torno de uma só "Como formar leitores e escritores sem que o sejamos?", "Como convencer nossos alunos a se arriscarem na aventura da escrita, se não nos disponibilizamos a enfrentar pessoalmente os riscos?". Se desejamos que nossos alunos desenvolvam habilidades de leitura e escrita, antes precisamos nos elevar da condição de ator à autor... Escrever sobre nossas vivências é essencial!
          "O ato de escrever sobre a experiência vivida, sobre a prática profissional, sobre as dúvidas e os dilemas enfrentados, sobre a própria aprendizagem não é uma tarefa simples, pois exige, ao mesmo tempo, tomá-los como objeto de reflexão e documentá-los por escrito. Essa escrita nem sempre é fácil  e prazerosa, principalmente quando nela iniciamos, mas é necessária. Porque a reflexão por escrito é um dos mais valiosos instrumentos para aprender sobre quem somos nós - pessoal e profissionalmente - e sobre nossa atuação como educadores, uma vez que favorece a análise do trabalho realizado e do percurso de formação, o exercício da capacidade de escrever e pensar, a sistematização dos saberes e conhecimentos construídos, o uso da escrita em favor do desenvolvimento intelectual e da afirmação profissional." (Prado e Soligo, 2007, p.17)
            Enfim, o que desejo compartilhar com você é que tentarei me iniciar neste ofício... Ou seja, registrar por escrito minhas memórias. Tente você também! Afinal, impossível marcar o corpo do outro, se a marca não existe em nosso próprio corpo.
        Segue uma dica de livro: Porque escrever é fazer história: revelações, subversões e superações. Guilherme do Val Toledo Prado, Rosaura Soligo, (organizadores). -- Campinas, SP: Editora Alínea, 2007.
         Este livro é uma publicação do GEPEC/Unicamp e reúne artigos que narram experiências de formação que privilegiam o trabalho com a leitura e a escrita. Muito interessante!! Vale a leitura!!!

Beijo grande!!

Carla Rodrigues
Porque escrever é preciso!

domingo, 18 de março de 2012

Carta ao Educador 9_Educar é um ato de amor!

Rio de Janeiro, 18 de março de 2012.

Amados,
Educar é, sem dúvida, um ato de imenso amor!

Importante amar, sem questionar.
Imprescindível dedicar, sem esperar.
Essencial sonhar, sem desanimar.

A esperança de construir um mundo melhor
sempre se fará presente nos corações daqueles que amam,
incondicionalmente,
a vida e as pessoas
nas suas infinitas formas de expressão.
Esta sempre pulsará onde houver possibilidades de transformação!

Quão belo é perceber olhos mareados
por lágrimas que expressam felicidades
oriundas de atos de amor e educação...

Então, se entras em minha sala de aula,
tenho por obrigação buscar formas e caminhos
para alcançar teu coração pulsante...
Receber, acolher, integrar, motivar, amar...
Iniciativas essenciais ao educador por vocação!

O que estas palavras tentam expressar é a incoerência de educar sem amar.
Quem se propõe a educar, precisa amar,
amar sem medida,
por mais difícil que seja!
Porque só o amor é capaz de oferecer ao educador
a paciência, tolerância, motivação etc
necessárias ao ato de transformação e desenvolvimento do Ser.

Pratique o bem querer!
Não tenha medo de abrir seu coração!
Ninguém consegue permanecer por muito tempo,
inerte e indiferente
ao amor sincero e verdadeiro.
Acredite em você!
Acredite no seu potencial de amar e transformar!!!

Tenha um dia muito feliz!!!
Beijo no seu coração!

Carla Rodrigues.
Porque amar é essencial!