domingo, 8 de maio de 2011

Formas, Formato!!

Como assim?!!
Saio de uma sala, entro em outra.
Gêneros, tipos e estilos!! Que é isso?! Socoooorro!!!
Percebo no espaço algo que se equipara a uma forma de bombons caseiros, dessas que minha mãe costumava utilizar para fazer seus lindos doces de festas. Noto então, o quão importante é me transformar em estado líquido para me encaixar e só depois compreender e solidificar esse conhecimento que ora se busca construir.
Como assim?!!
Se o fazer inicial se traduz exatamente na inconcretude de um ser que se descobre em múltiplas formas!
Formas, formato!
É meu caro educador, falo de uma sala de aula de uma pós-graduação de leitura e produção textual, situada em pleno Centro da cidade do Rio de Janeiro, mas precisamente na Avenida Presidente Vargas, local de tantas menifestações políticas e culturais.
Essa história se passa no dia 07 de maio de 2011.
Repito: formas, formato!!
Júlia e Rafael também são peças desse xadrez. E deles ouvi:
-"Sim Júlia, como um bombom quadrado sei que as quinas de 90 graus, as vezes amassadas pela caixa, provocam um olhar indelicado e pouco acolhedor dos outros, e portanto sou pouco consumido. Deveriam pensar no meu recheio!"
"- Eh Rafael! Por isso me enchi de recheio. Quando tentaram me enquadrar, meus sentidos foram despertados e meu recheio saiu contaminando outros que se mostravam "limpos" e perfeitos. Alguns (nem todos!) sentiram o odor, sabor, calor... Esses certamente se desenformaram!!"
Formas, formato?!
Como assim?!
O que se lê?
O que se vê?
Formas, formato!!
Inquietando para transformar... Ou seria enformar?


## Este texto tem por objetivo provocar a reflexão sobre o fazer pedagógico e sobre o SER que se educa em constante transformação.


COMPREENDENDO AS ENTRELINHAS E O CONTEXTO:
* Na semana passada (02 a 06 de maio/2011) estava numa sala de formação de professores altamente comprometidos com seu fazer pedagógico. Ali, vivenciamos juntos deliciosos momentos de trocas de experiências, múltiplas construções, autonomia etc. Sentamos em círculo, socializamos as aprendizagens, movimentamos nosso corpo, declaramos de forma escancarada nosso sentimento pela vida e pela educação... E, de repente, na manhã seguinte me percebi dentro de uma sala com cadeiras dispostas em filas. Quando adentrei o espaço, precisei sentar-me numa cadeira que estava à frente de todos!! Que incômodo!!! Inquieta eu estava!! Desejava conhecer meus novos colegas e por eles também ser vista. Que tortura!! Imediatamente avistei uma outra cadeira e troquei de lugar. Sentei meio de lado e consegui interagir um pouco mais... Ufa!! Que alívio!! Não era o ideal, mas foi o que consegui... Formas, formato! nasce neste contexto.

Então, o que achou?

Beijo carinhoso,
Carla Rodrigues

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